quarta-feira, 7 de novembro de 2007


O SACRO E O PROFANO NAS CATEDRAIS DO ROCK

Nas catedrais do rock,
O culto da personalidade:
Rituais, símbolos e mitos.
Sincretismo "profano-religioso",
Onde semi-deuses se transformam
Em "mega-stars".
E seus ascetas professam
Uma fé pagã:
Suplicam por sinais impressos no Papel...
Pedaços de vestes se transformam
Em relíquias,
Criando no inconsciente coletivo
Uma aura transformadora:
Euforia, delírio e êxtase.
O som dos metais se transforma na
"Pedra Filosofal do Novo Milênio".
Raios laser = Magia;
Luzes estroboscópicas = Cores;
A magia das cores efervescentes,
No centro da arena,
Onde acontece o Show.
Os músicos são agora, ícones vivos;
E a platéia sequiosa,
Num apostolado profano,
Venera os seus ídolos de carne e osso,
Entre suor, gritos, histerias,
E às vezes, lágrimas...
Dopamina e Adrenalina,
Num coquetel de emoções.
Sinestesia?
A grande alquimia é a Felicidade,
Estampada em cada gesto,
Ruborizada em cada rosto.
O PRAZER PERSONIFICADO EM SEUS ESPELHOS.
O ídolo é o reflexo da Ousadia,
Do Desejo e da Loucura,
Vivenciado nos "altares-palcos".
Os fiéis proclamam, suplicam...
E se envolvem,
Neste misto de sacríficio e prazer,
Equacionado nos desmaios,
Aplausos e Assovios,
No limítrofe dos decibéis;
O Paraíso pode estar tão próximo,
Mesmo quando o sangue
Assemelha-se à um rio de fogo,
Correndo deliciosamente nas veias,
Desta platéia sedenta...
Alucinadamente orgástica!

_ Eis o inefável fenômeno Sagrado,
Neste empirismo humano!

(Por certo, discerni-ia Apolo,
Pretenciosamente...
Antes de dirigir-se ao Olimpo,
Conduzindo o carro de sol...
E suas Musas Transcendentais).









Scrivermo cosi, la nostra propria storia?
É quest lo vero destino?